domingo, 31 de maio de 2009

Economistas dos EUA defendem resindicalização de trabalhadores

Um grupo de 40 importantes economistas dos Estados Unidos - incluindo, entre outros, Joseph Stiglitz, Jeffrey Sachs e James Galbraith - assinou uma declaração defendendo a importância de os trabalhadores voltarem a fazer parte de sindicatos para enfrentar a crise econômica. Só 7,5% dos trabalhadores do setor privado dos EUA estão neste momento representados por uma organização sindical. E, em todo ano de 2007, menos de 60 mil trabalhadores conseguiram ocupar uma posição sindical mediante eleições sancionadas pelo governo.
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sábado, 30 de maio de 2009

"O autêntico socialismo renascerá sobre as cinzas do Capitalismo", por Mario Bunge

O artigo "El auténtico socialismo renacerá sobre las cenizas del capitalismo"
é a conclusão de uma palestra realizada recentemente em Lima, Peru, por Mario Bunge, o maior filósofo latino-americano, reconhecido internacionalmente no século XX.

O texto (em espanhol) foi cedido pelo seu autor a redação do Sin Permiso. O texto integral, "Socialismo, ontem, hoje e amanhã", que também está na base das duas palestras que fez em Barcelona e Madrid, vai ser publicado na versão em papel do SinPermiso semestral.


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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Seminário PORTOS E CIDADES: Economia, Sociedade e as Articulações do Brasil com o Mundo Atlântico

Organização: Polis – Laboratório de História Econômico-Social da UFF

ESTRUTURA DO SEMINÁRIO

22 e 26 de junho - Instituto de Ciências Humanas e Filosofia - Universidade Federal Fluminense

Na parte da manhã teremos as sessões de comunicação e mesas redondas e às tardes, oficinas de trabalho e conferências.

INSCRIÇÕES

Os interessados deverão enviar a ficha de inscrição constante no final desta convocatória para o endereço eletrônico portosecidades@ gmail.com constando o resumo da comunicação, caso vá apresentar trabalho( especialmente alunos de Graduação e Pós-Graduação). No primeiro dia do Seminário, os inscritos confirmarão a presença através do pagamento da taxa de R$20,00 (vinte reais) junto à secretaria do seminário e receberão os certificados.

Até o dia 05 de junho, os inscritos que forem apresentar comunicação, deverão enviar por e-mail a versão final do trabalho completo a ser publicado em formato de cd-rom.

O RESUMO NÃO DEVERÁ EXCEDER A CINCO LINHAS. O TRABALHO COMPLETO ½ E TER NO MÁXIMO 20 PÁGINAS INCLUINDO BIBLIOGRAFIA E ANEXOS.

Algumas as comunicações a serem apresentadas serão selecionadas pela Comissão Organizadora e comporão futuramente um livro onde também serão incluidos os textos das conferências

CONFERÊNCIAS CONFIRMADAS

PROF. catedrático Miguel Suarez Bosa (ULPGC-Espanha); pROF tITULAR Geraldo de Beauclair Mendes de Oliveira(História/UFF), Profa titular Ana Fani Paulo (Geografia UFF ), Profa Doutora Ismênia de Lima Martinsm.

OFICINA DE TRABALHO (Coordenadores confirmados)

Antonio Edmilson Rodrigues (UERJ/PUC); Beatriz Kuchner (AGCRJ/UFF),Bernardo Kocher (PPGH/UFF), Carlos Gabriel Guimarães (PPGH/UFF), Cezar Honorato (PPGH/UFF), Fernando Sergio Dumas dos Santos (FIOCRUZ:), Flávio Gonçalves dos Santos (UESC), Gizlene Neder (PPGH/UFF), Gladys Sabina Ribeiro (PPGH/UFF), Luiz Cláudio Ribeiro (UFES), Marcelo Badaró Mattos (PPGH/UFF), Maria Fernanda Bicalho (PPGH/UFF), Marcelo Bittencourt (PPGH/UFF), Maria da Penha S. Siqueira (UFES:), Martha Abreu (PPGH/UFF), Monica Martins (UFRRJ), Romyr Conde Garcia (UNEMAT/UFF), Suely Gomes Costa (UFF); Tania Maria de Castro Netto (Fac.Educação/UERJ), Theo Lombarinhas Piñeiro (PPGH/UFF) Ricardo Holanda (FCS/UERJ) Tâmara Tânia Cohen Egler (IPPUR/UFRJ) e Frédéric Monié (GEO/UFRJ)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Livro de professores da UFF ajuda a desvendar a dinâmica da macroeconomia

Todo o mecanismo de dinâmica macroeconômica é apresentado de forma didática e acessível no livro "Macroeconomia I: as contas nacionais", publicado pela Editora da UFF (Eduff), assinado pelos professores Claudio Monteiro Considera, Heloísa Valverde Filgueiras e Roberto Olinto Ramos.

O Sistema de Contas Nacionais (SCN) é fundamental para se conhecer por inteiro o processo econômico de um país. Ele quantifica e apresenta um panorama das reais condições da economia, descrevendo, de forma simplificada e compreensível, os cinco fenômenos básicos da vida econômica: produção e geração da renda, distribuição da renda, uso da renda (consumo ou poupança), investimento (acumulação de capital) e o financiamento dessa acumulação. Além de permitir uma análise da forma como cada setor institucional participa desse processo, o SCN deixa claras as relações entre a economia nacional e a mundial.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Dois pesos e duas medidas do PSDB: Petrobras e Yeda

por Almir Cezar Filho

O PSDB, partido do governo anterior a Lula, do impopular FHC, que durante 8 anos utilizou de um rolo compressor para impedir instalação de CPIs, fez o inverso, no Congresso Nacional. Utilizou do rolo para impor a CPI da Petrobras. Por sua vez, o PT age no sentido contrário. Em Brasília contra, em Porto Alegre a favor. Na verdade, o que se vê é a luta de frações políticas pelo controle do Estado e não o interesse público.

Lula e o PT, que agora são o inverso, governo, não conseguiram impedir sua instalação. Sem a fidelidade do PMDB, partido que age da forma mais fisiologica possível, o governo ficou perdido, e por mais que tentou, não conseguiu impedir a constituição da CPI.

É verdade que a Petrobras deve ser investigada, como qualquer empresa, ainda mais estatal, e como tem suas diretorias nomeadas politicamente suas iniciativas, obras e etc sempre têm a sombra da politicagem e da corrupção.

Porém, o interesse do PSDB não é a causa pública, mas constranger a Petrobras e o governo e iludir a opinião pública diante do momento em que legisla sobre a exploração e produção de petróleo na camada pré-sal. Devemos lembrar, que o PSDB foi o partido que privatizou empresas como a Vale do Rio Doce, a CSN, a Telebras, e tentou privatizar a Petrobras, a ponto de tentar mudar seu nome (lembram da "Petrobrax"!). Foi seu governo que abriu as reservas de petróleo as multinacionais, provalvemente está cumprindo o papel novamente para isso, agora com relação ao pré-sal.

O mesmo PSDB que fez manobras no Congresso, como invadir a mesa diretora, ler o requerimento da CPI em sessão de sexta-feira vazia, com um ímpeto, por outro lado, deveria ter também ímpeto na hora de investigar a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, não por acaso, do próprio PSDB, acusa de crimes graves e com provas públicas.

É por essas e outras que o povo brasileiro está indiferente com os políticos. Os políticos são representante não do povo trabalhador, mas das elites, da burguesia. O que vemos é a luta interna da burguesia brasileira pelo controle do Estado para determinar os usos desse e a direção desse Estado sobre a economia. É por isso, que o PSDB tem duas posturas. E por sua vez, o próprio PT também, pois no Congresso Nacional são contra a instalação da CPI, mas na Assembleia Legislativa do RS são os campeões da instalação.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

"Pronto para o mercado"

por Almir Cezar

Uma das grandes desculpas dos empregadores e da mídia sobre os problemas de emprego para a juventude brasileira é que o jovem não está pronto para o mercado. O vídeo de hoje um jovem recém-formado candidato ao primeiro emprego aprenderá justamente o que não estar "pronto para o mercado".

Movimento do campo resiste a despejo da justiça

O MPRA - Movimento Popular pela Reforma Agrária - organização que dirige vários acampamentos de sem-terra e é filiada a CONLUTAS está em resistência a uma ação da Justiça de reintegração de posse de uma área em Uberlândia, Minas Gerais, já declarada improdutiva pelo INCRA e ocupada a mais de 2 anos.

Eis as cartas públicas:



Companheiros e Companheiras,


O MPRA - Movimento Popular pela Reforma Agrária, está concentrado para resistir a efetivação da liminar de reintegração de posse impetrada pela "justiça", que ameaça as famílias que ocupam a área da fazenda Cabaça, localizada no município de Uberlândia - MG. Como estamos concentrados no acampamento desde domingo, o alimento já esta acabando, e prevemos que se esgotará totalmente até amanhã, quinta-feira.

Sem como nos arredar das tarefas de resistência para produzir por nosso trabalho os recursos para aquisição de alimentos, recorremos aos companheiros, solicitando que façam uma campanha para arrecadação de alimentos.

Ficou confirmado hoje, pelo advogado do MPRA, que a qualquer momento a polícia pode comparecer para expulsar os moradores do acampamento, já que eles negaram recurso apresentado após a liminar de despejo. Reafirmamos que as familias não vão sair da área, que os trabalhadores que estão fazendo aquela terra produzir tem o direito de continuar ali.

Pedimos que enviem moções de apoio para:

E-Mail do MPRA: gentedaterra@gmail.com
E-Mail do INCRA-MG: comunicacao@bhe.incra.gov.br
INCRA NACIONAL: presidencia@incra.gov.br

NOTA DE APOIO AO MPRA:

Nós do (nome de quem apoia), repudiamos a ação da Vara agrária de Mg contra o MPRA [Movimento Popular Pela Reforma Agrária] que há mais de dois anos ocupa a fazenda Cabaça, um latifúndio que, segundo o próprio INCRA-MG, é improdutivo.

Agora, depois de tanto esforço das pessoas que estão na área para recuperá-la e tentarem, mesmo sem nenhum auxílio do governo, tirar dali o seu sustento, o Juiz de direito Alberto Diniz Junior, determinou seu depejo.

Exigimos que o Incra assuma a improdutividade e legitime as famílias na fazenda.


Por uma Reforma Agrária emancipatória!

Entrem em contato para engrossar as fileiras de nossa resistência!


*Movimento Popular pela Reforma Agrária*
gentedaterra@gmail.com
(34)9802-8151, (34)9992-9670.
________________________________________________

Abaixo está a nota anterior, explicando o processo da área.



Oitenta famílias do Movimento Popular pela Reforma Agrária - MPRA, ocupam a área da fazenda Cabaça, no município de Uberlândia há aproximadamente 2 anos. São 645 hectaries de terra que estavam totalmente abandonados até a ocupação. A fazenda foi vistoriada pelo Incra e o laudo indicou sua improdutividade. As famílias iniciaram o cultivo da terra. Plantaram cará, mandioca, milho, hortaliças.

A proprietária da fazenda, após uma suposta negociação com o Incra, conseguiu um laudo considerando a fazenda como área produtiva e entrou com uma liminar de reintegração de posse.

O juiz de direito da vara agrária de Minas Gerais, Alberto Diniz Junior, em audiência que ocorreu no dia 01 de Abril, negou o pedido de reintegração de posse ao receber vários documentos irregulares que a fazendeira utilizou para tentar provar que a fazenda era produtiva. Dia 13 de Maio (quarta-feira) o mesmo juiz assinou a liminar determinando que as familias devem sair da área até o dia 18 (segunda-feira). Nos perguntamos: O que fez o juiz mudar de idéia tão repentinamente? Porque ele passou a acreditar nos dados apresentados pela latifundiária e se voltou contra as 80 famílias que pleiteam a fazenda? Porque tentar intimidar os moradores do acampamento enviando o documento por um comboio da polícia militar?

Esta ação do poder judiciário deixa claro o atrelamento das instituições do Estado com os interesses dos latifundiários. Mais uma vez eles fecham os olhos para as
questões sociais, deixando desamparados os trabalhadores, e se colocando a serviço de uma só classe, a dos grandes proprietários. O que eles não dizem é
para onde estas famílias devem ir após o depejo.

Pedimos a todos aqueles e aquelas que apoiam a luta pela Reforma Agrária que mantenham-se atentos, pois as familias acampadas decidiram resistir e permanecer na área e, mais uma vez, o poder judiciário poderá acionar a truculência e a violência policial a serviço do latifúndio e da desigualdade social.

*Movimento Popular pela Reforma Agrária*
gentedaterra@gmail.com
(34)9802-8151, (34)9992-9670.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Vídeo de hoje: A importância do trabalho

Desenvolvimento, vencedores e perdedores no Brasil recente: uma análise mais profunda da fusão Sadia e Perdigão

por Almir Cezar Filho

A recente notícia de fusão entre a Sadia e a Perdigão (repitindo a sequência de fusão e aquisições como entre o Unibanco e o Itaú e as compras de empresas pela Friboi) trouxe a baila uma questão: a ideia de super-empresas nacionais. Empresas que seriam as "vencedoras", liderando os capitais nacionais, e salvando a honra da dos capitais nacionais contra a concorrência de fora ou a atrofia do desenvolvimento interno.

Apesar da popularidade nas últimas duas décadas da ideologia neoliberal e da não-intervenção do Estado no mercado, não vimos isso. O projeto de desenvolvimento da burguesia brasileira, a partir dos anos 1990, e vigente ainda hoje, para o capital nacional, vai na suposição de que o desenvolvimento brasileiro só se dá através de fusões que criem super-empresas nacionais, que possam ser "vencedores" na concorrência capitalista, cada vez mais brutal e globalizada, especialmente após a abertura econômica feita no início dessa década. Nisso tanto FHC quanto Lula são iguais. A diferença está apenas na escolha dos "vencedores". E onde há vencedores, sempre a "perdedores", que em geral, são sempre os mesmos.

Entre as elites nacionais ao longo da história sempre houve uma forte ligação entre seus capitais e um papel de coordenador ou árbitro na luta que é a concorrência capitalista exercido pelo Estado. Não existe mercado sem Estado, inclusive para que no meio dessa "guerra", pelo menos haja um vencedor para desfrutar da vitória ou limitar o raio de ação da guerra e socorrer os exércitos após os combates. Contudo, a burguesia brasileira ao longo do século XX identificou para seu projeto de desenvolvimento passaria pela criação de "campeões nacionais". É famosa ideia de "campeões nacionais", onde um grupo da burguesia é definido como vencedor previamente, tal como, faz um país nas Olimpíadas, que alimenta e treina melhor um atleta de um modalidade em detrimento dos demais atletas, na crença que esse poderá ter mais chances de trazer medalhas para o país ou estimulará os demais à vitória.

Ao longo do processo brasileiro de industrialização, traçou-se um linha onde os vencedores seriam apenas quatro tipos: os estatais do setor de infra-estrutura e indústria pesada, as multinacionais da indústria de bens de consumo duráveis e as grandes empresas de capital nacional de bens de consumo não-duráveis e as empreiteiras. O que ficou conhecido como "tripé" (ignoram o último vencedor). Outros setores, como os latifundiários e banqueiros, apenas ganhariam compensações (programas especiais, subsidíos, a correção monetária, etc). Houve uma sangria de recursos de todos os setores da sociedade brasileira para que esses quatro "vencedores" fosse "vencedores". Mas esse modelo começou a ruir no fim da década de 1970 e início da de 80. Era o chamada crise do "milagre brasileiro". A década de 1980 foi uma época de instabilidade e crise.

Veio a década de 1990, iniciada com o governo Collor, promovendo a abertura econômica e inicio do processo de privatizações, na mesma época que fortalecia a globalização e se impunha o Consenso de Washington. Grandes grupos privados nacionais desapareceram ou foram comprados por multinacionais. As multinacionais mudaram a seus processos de produção, passando a importadores. As estatais eram desmontadas ou privatizadas. Mas desses escombros surge uma nova versão de vencedores. A ideia agora não era mais de um "tripé", mas de um setor do capital interno seria o campeão, o "vencedor", e esse lideraria a economia.

A versão que dominou no governo FHC era que o gestor do grande capital se faria sob ação de um mercado financeiro em fusão, monopolização acelerada e internacionalização. Assim houve as privatizações de estatais compradas por sua bez pelos bancos, acrescida de uma acentuada e feroz centralização bancária e venda de ações de empresas nacionais e das estatais que sobraram nas bolsas de NY e de Londres. Nisso vimos a emissão de ações da Petrobras e BB na bolsa de NY, o apoio aos bancos pré-falimentar com o PROER, a entrega de estatais (maquiada na forma de leilões de privatização) a bancos (Bradesco, fundos de investimentos, etc) e financistas amigos (Daniel Dantas, Mendonças de Barros, etc).

No caso do governo Lula, as grandes empresas do setor real da economia, vide o apoio a empresas como Perdigão, Sadia, fusão Oi-Brasil Telecom, apoio às compras da Vale lá fora, etc. Como mostra a ofensiva do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para estimular a concentração no mercado de vários setores. Obviamente, que essa versão do projeto de desenvolvimento, que não prioriza os bancos, teve que lhes criar uma compensação, encontrada na política rentista da gestão Meirelles a frente do Banco Central, as taxas de juros reais mais altas do mundo, mesmo na maior crise deflacionária da história em 70 anos.

Nas duas versões sobrou muito pouco espaço para as pequenas empresas e para os empregados e para a importância de equilibrar as relações comerciais nas cadeias produtivas como também uma visão do fornecedor e do consumidor. O pequeno empresário, que é responsável por 80% dos empregos e durante a crise do fim do ano passado e inicio de 2009 foi o que menos demitiu, tem dificuldades hercúleas para regularização, obtenção de crédito, etc. Temos um mercado interno ainda relativamente atrofiado em relação ao potencial, muito devido também a pouca produção voltada ao mercado de massa. Em um país com o mercado bancário mais avançado do mundo, temos uma das taxas de mortalidade de pequenas empresas que se aproxima de índices africanos. Temos o piores índices de qualidade de atendimento pelos concessionárias de serviço público.

Menos ainda houve espaço para os trabalhadores. Nessas duas últimas décadas a produtividade do trabalho no Brasil praticamente dobrou, enquanto que, de conjunto a participação massa salarial sobre a renda nacional fez o caminho inverso, caiu para praticamente a metade, e o salário real, exceto nos últimos 5 anos, caiu, indo a patamar pré-anos 80.

Em suma, os trabalhadores e os pequenos empresários foram os "perdedores".

quarta-feira, 20 de maio de 2009

América Latina, um continente agnóstico? - por Adrián Sotelo - mais uma resposta a Fiori

Recebemos mais um artigo de polêmica em resposta ao artigo (artigo na Carta Maior) do cientista social brasileiro José Luís Fiori, Pós-Graduação em Economia Política Internacional da UFRJ. Dessa vez, o artigo de resposta foi escrita pelo professor Prof. Adrián Sotelo Valencia, do Centro de Estudos Latino-Americanos da UNAM.

A polêmica - só para lembrar e que aqui já foi publicado, o texto de Fiori e a primeira resposta escrita por Nildo Ouriques - é se existe uma teoria social latino-americana e se ela explica a realidade da região mesmo após as recentes transformações capitalistas. A posição de Fiori é que não existe um pensamento latino-americano - todas as correntes que aqui existiram/existem são/eram versões das correntes do pensamento existente na Europa Ocidental e América do Norte e não conseguiram oferecer um alternativa a esquerda da região.

Adrián Sotelo Valencia segue a mesma linha de Nildo Ouriques e a aperfeiçoa, destacando o fato percebido por ambos que José Luís Fiori, segue a lógica do chamado pensamento "paulista", que ignora deliberadamente a Teoria Marxista da dependência e seus autores, e a armadilha de vários deles, que se renderam na esparrela neoliberal ou estão aprisionados na ilusão do projeto de desenvolvimento nacional por dentro do capitalismo.

O artigo de Valencia é excelente, mas infelizmente está em espanhol

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América Latina, ¿un continente agnóstico?

por Adrián Sotelo, para Rebelión

En un artículo reciente: "América Latina, um continente sem teoría" José Luís Fiori postula que "ya no existe una teoría que sea capaz de leer e interpretar la historia del continente, y fundamentar una estrategia coherente de construcción del futuro…" Para ello hace un somero repaso de la teoría liberal, después identifica tres corrientes del pensamiento latinoamericano inmersas en la llamada teoría de la dependencia para, por último, sustentar esa tesis central a partir de la conversión al neoliberalismo de los principales pensadores e intelectuales de una de esas corrientes encabezada por el sociólogo Fernando Herique Cardoso y su escuela de la dependencia.
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terça-feira, 19 de maio de 2009

"El mundo en que vivimos es el mundo del mercado monopolista" - Vídeo

"El mundo en que vivimos no es el mundo del libre mercado. El mundo en que vivimos es el mundo del mercado monopolista" - vídeo da conferência (em espanhol) do professor brasileiro Theotonio Dos Santos, uma crítica como os economistas e cientistas sociais contemporâneos ligados ao neoliberalismo veem a sociedade atual.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

15 de maio de 1948 - A Guerra que não terminou - Israel e a limpeza étnica da Palestina

15 de maio de 1948 – A Guerra que não terminou

Israel e a limpeza étnica da Palestina -

por Vinicius Valentin Raduan Miguel*

Todos os anos, nesta data, é relembrado o que os árabes/palestinos chamam de Al’Nakba (A Catástrofe) ou o que os judeus-israelenses comemoram como a Guerra de Independência, quando o Estado de Israel foi criado.

Uma problemática acompanhou a criação do Estado de Israel: Israel é um projeto que prega a exclusividade étnica e lingüística de um grupo (judeu/hebraico) em detrimento de todos os outros. A questão posta nos anos iniciais da colonização era “como lidar com a população árabe que lá vivia?”. A solução encontrada foi uma deliberada e metódica eliminação física e cultural dos povos tradicionais, uma prática que encontra seu conceito jurídico na definição de “limpeza étnica”. Desta forma, no ano de 1948, 531 vilas, 11 áreas urbanas e 30 cidades foram totalmente destruídas. No total, aproximadamente 800.000 pessoas (mais do que metade da população na época) foram expulsas (1) formando a atual massa de quatro milhões de refugiados que habitam os países vizinhos.

Relembrar este dia é fundamental, pois marca uma data que tragicamente não terminou. A Guerra de 1948 não terminou por duas razões: (a) Israel se recusa a reconhecer o crime que cometeu e, desta maneira, aceitar as responsabilidades advindas de sua prática, como aceitar o retorno dos refugiados e/ou indenizar os sobreviventes expulsos de suas terras e; (b) o fator ideológico que motivou a guerra persiste. Em outras palavras, o projeto de Israel enquanto Estado sem árabes continua e a prática de limpeza étnica é um fantasma constante.

A analogia com o apartheid (2) é evidente: um Estado de brancos sem negros é inaceitável, mas um Estado de judeus sem árabes é permissível. Esta é a origem de todos os conflitos na região – muito além da concepção reducionista de embate apocalíptico-religioso em que uma aliança “Européia/Ocidental/Cristã” da “bondade” enfrenta os “malvados” “Orientais/Muçulmanos/Anti-Cristãos” (3). Mas contestar esta prática racista é violência e a violência do fraco, mesmo que injustificada e em resposta a uma prévia violência, é terrorismo. Em contrapartida, a violência do poderoso se justifica e apresenta-se como legítima defesa!

Frase do dia

"Não espere por uma crise
para descobrir o que é importante em sua vida"

Platão

domingo, 17 de maio de 2009

Debate sobre o PIB: O Brasil dificilmente vai conseguir crescer acima de zero neste ano

Recessão, o vilão da vez na economia

Ricardo Rego Monteiro, Jornal do Brasil

RIO - O Brasil dificilmente vai conseguir crescer acima de zero neste ano, mesmo que o governo faça tudo certo em termos de políticas fiscal e monetária. Para alguns dos principais economistas do país, as dificuldades impostas pela crise mundial são tantas que, se conseguir zerar o Produto Interno Bruto (PIB) este ano – e escapar da retração –, o país já terá alcançado um dos seis melhores desempenhos do mundo neste ano. Para um desses especialistas, só mesmo medidas tão radicais quanto improváveis – como a substituição do regime de metas de inflação por uma combinação de metas macroeconômicas, como de PIB – seriam capazes de tornar o improvável em possível.

Economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros lembra que, se o PIB se limitar a zero em 2009, o Brasil vai encerrar o ano com o 6º maior PIB do mundo. Para o economista Antonio Correia de Lacerda, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), a meta fixada pelo Plano do Inae só seria viável com a eliminação do sistema de metas de inflação como único balizador da política monetária do país. Já para Raul Velloso, especialista em contas públicas e um dos palestrantes da 21ª edição do Fórum Nacional, com 2009 perdido, o país precisa começar a preparar as bases para retomar um crescimento vigoroso depois da crise, o que só seria possível com o corte dos gastos correntes.

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Aí vai a música-tema da crise econômica

A música-tema da crise econômica atual que vem varrendo o mundo.

Gabriel, O Pensador - "Dança do Desempregado"



Clipe Oficial da música Dança do Desempregado do álbum Quebra-Cabeça.

sábado, 16 de maio de 2009

A esquerda brasileira e a crise: Fiori vs. Ouriques

por Almir Cezar Filho

A alguns dia publicamos aqui no Blog o artigo de Nildo Ouriques que polemiza com José Luís Fiori sobre os rumos da esquerda brasileira e latino-americana ao longo da História recente e agora no pós-crise econômica mundial.

Hoje publicamos link com artigo original do Fiori e o link com o artigo de polêmica feita pelo Ouriques. No meu entender, o artigo de Ouriques, desconstrói plenamente os argumentos e teses de Fiori, resgatando inclusive o legado histórico da Teoria da Dependência e as polêmicas que essa vertente da ciências sociais suscitou na intelectualidade brasileira.

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A esquerda e a crise

por José Luís Fiori, www.cartamaior.com.br

Neste período haverá resistência e haverá conflitos sociais agudos, e se a crise se prolongar, deverão se multiplicar as rebeliões sociais e as guerras civis nas zonas de fratura do sistema mundial. Mas do nosso ponto de vista, não haverá uma mudança de modo de produção em escala mundial, nem tampouco ocorrerá uma superação hegeliana do sistema inter-estatal capitalista. A análise é de José Luís Fiori, em artigo escrito para a revista Margem Esquerda, nº 13, que será lançada em breve.

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América Latina, um continente sem teoria?

por Nildo Ouriques, www.cartamaior.com.br

O professor Nildo Ouriques, da UFSC, contesta artigo de José Luís Fiori, publicado nesta página: "No Brasil, o debate acerca da dependência sempre foi mal compreendido. Contudo, este desconhecimento não é resultado do acaso, pois tem sido construído como um instrumento de dominação política e de legitimação do capitalismo dependente no país".

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Debate sobre o PIB - "O mundo real e o modelo do BC"

Mais artigo sobre o debate sobre trajetória do PIB brasileiro. Dessa vez, o economista Antonio Carlos Lemgruber dá ênfase da análise é a forma de atuação do Banco Central brasileiro desde passou a adotar o regime de metas de inflação.

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O mundo real e o modelo do Banco Central

por Antonio Carlos Lemgruber - economista, ex-presidente do BC

Jornal do Brasil, 12 de maio de 2009


RIO - Onde está o mundo real no modelo do Banco Central que serve de base para fixar a taxa de juros dentro do regime de metas de inflação e de câmbio flexível?

O mundo real está resumido a duas variáveis: hiato do produto (é um nome complicado mas expressa o desemprego na economia ao calcular o “produto perdido” numa recessão) e a taxa real efetiva de câmbio (que reflete a variação do real em relação a uma cesta de moedas corrigida pela inflação).

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sexta-feira, 15 de maio de 2009

"Reforma no DCE da UFF" - O Globo bairros

http://oglobo.globo.com/rio/bairros/default.asp?a=353

Reforma no DCE da UFF

Com infiltrações, sistema de fiação aparente e risco de queda de rebocos, o prédio do Diretório Central dos Estudantes (DEC) da UFF, no Valonguinho, enfim começou a passar por uma reforma. A intervenção iniciada no fim do mês passado para sanar os problemas identificados numa inspeção realizada pela Defesa Civil municipal trouxe, porém, novas ameaças a alunos e também a operários que trabalham na obra. Como a direção da universidade não determinou a interdição do edifício, agora os alunos estão dividindo espaço com entulho e andaimes. Leia a íntegra da reportagem que O GLOBO-Niterói publica neste domingo, clicando aqui (somente para assinantes).
Quem aponta o perigo é o presidente do Crea-RJ, Agostinho Guerreiro. Depois de analisar as fotos feitas no local pelo GLOBO-Niterói, o engenheiro afirmou que não é possível calcular o tamanho do risco.
- O prédio deveria ter sido interditado, enquanto a obra não fosse concluída. As normas de segurança determinam a interdição num caso como esse. Observamos também que alguns homens têm capacete e, outros, não. Faltam também máscaras e óculos para protegê-los integralmente -concluiu Guerreiro.
o superintendente de Arquitetura, Engenharia e Patrimônio da UFF, Mario Ronconi, admite parte das falhas, mas contra-argumenta:
A obra não é estrutural, por isso não isolamos a área. Estamos reformando a fachada, refazendo banheiros e outros reparos. A estrutura do prédio não está ameaçada. Essa é a primeira de mais de 40 intervenções que vamos fazer

Em noite histórica, Fasubra se desfilia da CUT

• Desde o início da tarde, o ambiente do congresso da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) começou a fervilhar. Só se respirava o debate sobre a desfiliação ou não da CUT. Em acordo com todas as correntes, foi aprovado um encaminhamento de quatro defesas para cada posição.

O companheiro Doni, militante da Conlutas de São Carlos (SP), disse: “tenho orgulho de ter sido construtor da CUT, de organizar uma central combativa e que era considerada pela burguesia como radical. Porém essa central não mais existe! De radical, a CUT virou um apêndice do governo, um gato manso no colo de seu dono, o Lula”. Por isso, enfatizou Doni, “os delegados e delegadas desse congresso são chamados à uma importante tarefa: livrar a Fasubra dessa central chapa branca e governista”.

clique aqui:

Brasileiros participam do 1º de maio no Haiti

Brasileiros voltam a um Haiti cada vez mais rebelde

A Conlutas decidiu enviar novamente uma delegação ao Haiti. O objetivo é retomar a campanha pela retirada das tropas brasileiras do país. Três ativistas da Conlutas estão no Haiti e vão participar da programação do 1º de Maio, levando o apoio de parte da classe trabalhadora brasileira.

Essa delegação é composta por José Geraldo Corrêa Junior, o Gegê, representando a Conlutas; Julio César Condaque, representando o Sepe-RJ; e Antonio Lisboa Leitão de Souza, representando o Andes-SN. Eles estão enviando informes diários sobre suas atividades. Abaixo, reproduzimos o relato do primeiro dia no país caribenho.

Leia mais:

Aumenta o desemprego na indústria paulista

Diego Cruz da redação do Jornal Opinião Socialista


O número de postos de trabalho na indústria, em São Paulo, teve em março queda de 1,09% em relação a fevereiro. Se o resultado é aparentemente insignificante, ele representa uma queda de 6,76% em relação a março de 2008. Isso representa o fechamento de 172.500 vagas nesse período. Essa comparação evidencia a maior queda desde 2006.

Os dados são da pesquisa mensal de emprego da Fiesp. De acordo com a pesquisa, o resultado só não foi pior pelas contratações realizadas no setor sucroalcooleiro. Os setores que mais desempregaram foram o de produtos de madeira, com redução de 4,3%, metalurgia, que extingiu 2,6% dos empregos, mesmo índice que afetou os setores de equipamentos de informática e produtos eletrônicos e ópticos.

Já a região mais afetada foi Mogi das Cruzes, que sofreu com a queda do setor automobilístico e de produtos de borracha e plástico. São Caetano do Sul, outro pólo de automotores, também contribuiu para a queda nos empregos. Cotia sofreu forte queda nos empregos no setor de produtos químicos (8,41).

leia mais:

Artigo analisa a visão marxista de Marini sobre a AL

O artigo Ruy Mauro Marini:uma Interpretação Marxista do Capitalismo Dependente, de Adolfo Wagner, para a Revista Em Pauta, No. 22, 2009(Revista da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro), em que desenvolve uma breve descrição das principais características do que se convencionou nominar por “Teoria da Dependência” e situa as noções-chaves que formam o edifício conceitual do pensamento do sociólogo e militante marxista Ruy Mauro Marini, cuja obra representa um dos mais importantes esforços para a compreensão dos dilemas enfrentados pelos países latino-americanos na atualidade.

Clique para ler aqui.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Gripe suína: o mundo está preparado para uma pandemia?

Anos de neoliberalismo e a degradação da saúde pública colocam os trabalhadores na mira de uma possível pandemia

• O mundo acompanha com apreensão o risco de uma nova pandemia. Desde o alerta emitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no dia 24 de abril até 8 de maio, quando fechávamos esta matéria, foi confirmada a contaminação de aproximadamente 2.400 casos pela chamada gripe suína em 24 países diferentes. O número oficial de mortes, segundo a OMS, é de 44. No entanto, só no México já foram confirmadas 42 mortes.

Em poucos dias, a gripe suína tomou conta dos noticiários, dividindo o espaço com a recessão mundial. A pandemia, uma epidemia que se alastra rapidamente por vários países, foi inicialmente identificada no México. Seria uma nova espécie de gripe (vírus influenza), surgida através de uma mutação do vírus em porcos. Isso permitiu atingir e ser transmissível em seres humanos.

Em pouco tempo, a nova variação do vírus mostrou ser facilmente transmissível, espalhando-se para outros países e até mesmo a outros continentes. Já apareceram casos na França e Grã-Bretanha.

No Brasil, foram confirmados quatro casos nesta quinta-feira. Se acordo com o Ministério da Saúde, estas pessoas teriam contraído o vírus no exterior. Outras 15 pessoas que viajaram ao México estão sendo monitoradas.

Origens da gripe
O país mexicano, que sofre o drama de ser o epicentro da doença, vive dias de pânico. Com as ruas desertas, os locais públicos fechados e o transporte paralisado, o México está em estado de emergência. As poucas pessoas que se aventuram a caminhar pelas ruas tentam se proteger da infecção com máscaras cirúrgicas, cujo efeito contra o vírus é controverso. Segundo a OMS, 19 pessoas teriam morrido no país vítimas da gripe suína, mas esse número pode ser bem maior.

(leia mais aqui)

Mostra de cinema Raízes Negras Latino-Americanas II no Caixa Cultural

Como parte das lembranças dos 121 anos da Abolição da Escravatura, completos ontem 13 de maio, o público poderá conferir na Caixa Cultural RJ até este fim de semana, a mostra de cinema Raízes Negras Latino-Americanas II, com a exibição de médias e longas-metragens com entrada franca, como o inédito do diretor Joel Zito Araújo - O Pecado da Intolerância e Fala Tu! (Dir. Guilherme Coelho) e curtas como Uma Noite com a Família Zevallos (Dir. Phillip Johnston), Oro Negro (Dir. Bruno Serrano), Negro Che (Dir. Alberto Masliah), entre outros.

A programação completa do evento pode ser conferida em www.raizesnegras.blogspot.com

Caixa Cultural RJ fica na Avenida Almirante Barroso, 25 – Centro. Informações: tel(21)2544-4080 / 1099 /7666.

(C&T) Pesquisas indicam pela produção de etanol a partir da mandioca

(ciência & tecnologia)

por Almir Cezar Filho

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vem realizando pesquisas sobre a viabilidade da produção de etanol a partir de uma espécie diferenciada de mandioca, descoberta no interior do Pará: a mandioca açucarada.

No Brasil a mandioca constitui-se importante produto agrícola, destacando o país como o segundo maior produtor mundial e por apresentar elevado teor de amido, que posteriormente pode ser transformado em glucose, a mandioca também pode ser utilizada como matéria-prima para a produção de álcool. As pesquisas, que seriam por si só importantes por conta disso, vêm apontando que a produção de etanol com mandioca açucarada gasta menos energia do que com milho e cana e pode ser mais barato, as usinas de cana podem ser facilmente adaptadas para sua produção e ainda ajudará a fixar população no campo.

O álcool de mandioca
“A produção de álcool carburante de mandioca é viável tanto do ponto de vista técnico quanto em relação a custo. E é também uma alternativa para o Brasil deixar de lado a monocultura da cana”, afirma o químico industrial Claudio Cabello, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu e diretor do Centro de Raízes e Amidos Tropicais da Unesp (Cerat), que estuda o assunto há quase 20 anos. Para ele, além da mandioca, todas as plantas amiláceas (produtoras de amido) – como milho, arroz, batata doce, inhame e cará – podem ser usadas na produção de álcool.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Irregularidades do licenciamento ambiental podem atrasar obras do Comperj

MPF recorre ao TRF contra licenciamento ambiental do Comperj

Luiz Gustavo Schmitt, O Fluminense.
Publicado em 13/05/2009
http://www.ofluminense.com.br/noticias/217371.asp?pStrLink=2,76,0,217371&indSeguro=0

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), contra a decisão que validou o processo de licenciamento ambiental do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí.

O procurador da República Lauro Coelho Junior, autor do recurso, alega que a Justiça Federal em Itaboraí desconsiderou três irregularidades na concessão das licenças pelo Estado: o fracionamento da avaliação dos impactos ambientais, a inexistência de avaliação ambiental integrada e a apressada concessão da licença de instalação. A decisão da primeira instância focou a análise apenas na não-observância da competência do Ibama para o licenciamento, que foi um dos vícios apontados pelo MPF.

Para garantir a regularização do licenciamento do Comperj, o MPF pede a imediata suspensão dos efeitos das licenças concedidas. O MPF quer ainda proibir o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) de aprovar qualquer obra no local e a Petrobras, responsável pelo Comperj, de continuar a implantar o empreendimento sem a devida licença ambiental do Ibama. Se o TRF acolher esses pedidos, o Inea e a Petrobras estariam sujeitos a multa diária em caso de descumprimento.

O debate sobre o PIB: "estamos fazendo a conta errada"

Continuando o debate sobre o PIB brasileiro para 2009 temos aqui um excelente artigo do professor Ladislau Dowbor.


por Ladislau Dowbor, www.cartamaior.com.br

Quando o navio petroleiro Exxon Valdez naufragou nas costas do Alaska, foi necessário contratar inúmeras empresas para limpar as costas, o que elevou fortemente o PIB da região. Como pode a destruição ambiental aumentar o PIB? Simplesmente porque o PIB calcula o volume de atividades econômicas, e não se são úteis ou nocivas. Na metodologia atual, a poluição aparece como sendo ótima para a economia, e o IBAMA vai aparecer como o vilão que a impede de avançar. A análise é de Ladislau Dowbor.

clique aqui para ler.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Gripe suína expõe outra tragédia

por Argemiro Ferreira, www.cartamaior.com.br

O jornalista Mauro Santayana, no Jornal do Brasil, e, no último domingo, o jornal Washington Post divulgaram suspeitas graves sobre o surto de gripe suína e que, por alguma razão, não eram citadas nas notícias da nossa mídia. As suspeitas referem-se às denúncias feitas há anos por comunidades mexicanas afetadas por unidades industriais que operam com lagoas de excremento e urina, de mais de um milhão de porcos, que contaminam os lençóis freáticos da região.

Clique aqui para ler mais.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O vídeo engraçado da semana: Ary Toledo - "O rico e o pobre"

O vídeo engraçado da semana é um música do maior piadista brasileiro Ary Toledo. A música é "O rico e o pobre". É uma crítica social bem engraçada. Atenção o vídeo é para maiores de 18 anos.

Para ver o vídeo vá ao fim da página do blog.

Energia renovável das ondas do mar

Energia renovável das ondas do mar

Direto do Blog Processo Industrial. Há várias fontes de energias renováveis com pouco aproveitamento pela nossa sociedade atual. Uma dessa fontes são os movimentos das ondas do mar. Dois vídeos sobre energia das mares.

Clique para ler e assistir aqui.

domingo, 10 de maio de 2009

"América Latina, um continente sem teoria?" - uma resposta a Fiori - por Nildo Ouriques

Artigo postado no Blog Theotonio dos Santos

América Latina, um continente sem teoria?

por Nildo Ouriques


Em recente artigo – Um continente sem teoria – José Luis Fiori nos oferece uma brevíssima e curiosa história das idéias na América Latina destinada a espetar o liberalismo que sempre se contentou em repetir nos trópicos as teorias “cosmopolitas” que com freqüência colonial aqui se reproduzem. Contudo, neste breve artigo, Fiori adere ao esporte nacional preferido pela intelectualidade paulista: a crítica à interpretação marxista da dependência e o elogio velado “a escola paulista de sociologia”, especialmente aquela vinculada ao nome de Fernando Henrique Cardoso.

[ Para ler mais acesse o Blog Theotonio dos Santos ou clique aqui ]

sábado, 9 de maio de 2009

Petróleo do Pré-sal, o Campo de Tupi

No feriado de 1o de maio entrou em operação a plataforma que operará o primeiro campo de pré-sal da bacia de Santos, o Campo de Tupi. O Blog Processo Industrial fez uma matéria apresentando um vídeo de uma reportagem que explica a exploração e o início da operação da plataforma.

Clique para ler e assistir o vídeo aqui.

Vídeo sobre o Comperj

O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro - COMPERJ – será construído numa área de 45 milhões de m2 localizada no município fluminense de Itaboraí (Região Metropolitana do Rio de Janeiro), com investimentos previstos em torno de US$ 8,38 bi pela Petrobras e sócias.

Um matéria do Blog Processo Industrial apresenta um vídeo institucional sobre o empreendimento, apresentando sua futura estrutura e as supostas vantagens que trará.

Para ver a matéria clique aqui.

Homenagem aos 25 anos da luta pelas "Diretas Já!"

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Made in China pirateado em Franca, São Paulo

A economia brasileira passa por um processo de "chinesização". A matéria de jornal prova isso. Agora ao invés de produto brasileiro ser pirateado na China e vir a ser vendido nas ruas de nossas cidades, aconteceu um fato curioso.

Foi encontrado tênis vendidos nas ruas brasileiras, produzidos por aqui, mas que colocava etiquetas "Made in China".

***

Tênis feito em São Paulo recebia selo da China

São Paulo - Policiais da Delegacia Anti-Pirataria do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) do Estado de São Paulo apreendeu um carregamento de 300 pares de tênis produzido na cidade de Franca (SP), mas que traziam etiquetas indicando fabricação asiática. (ler na íntegra O Dia Online)

Uma breve biografia de Ruy Mauro Marini e seus textos

Há disponível na net um texto biobibliográfico sobre Ruy Mauro Marini

Ruy Mauro Marini: marco del pensamiento contemporáneo, escrita pelo professor da UFF Carlos Eduardo Martins.

Foi publicado no livro de antologia América Latina, dependencia y globalización. Fundamentos conceptuales Ruy Mauro Marini. Antología y presentación Carlos Eduardo Martins. Bogotá: Siglo del Hombre - CLACSO, 2008.

Disponível em:

http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/secret/critico/marini/01Martins.pdf

Tem disponível vários textos do próprio Marini, segue abaixo quais:

La dialéctica del desarrollo capitalista en Brasil (1966)


Dialéctica de la dependencia (1973)


En torno a Dialéctica de la dependencia (postscriptum) (1973)


Las razones del neodesarrollismo (respuesta a F. H. Cardoso y J. Serra) (1978)


Origen y trayectoria de la sociología latinoamericana (1994)


Proceso y tendencias de la globalización capitalista (1997)


El concepto de trabajo productivo: nota metodológica (1998)


Bibliografía de Ruy Mauro Marini

http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/secret/critico/marini/

Exposição de Charges do Cartunista Nico

Dia 13 de maio exposição de charges do cartunista Nico.



quinta-feira, 7 de maio de 2009

Revista CyCl AL

Já se encontra disponível a revista Controversias y Concurrencias Latinoamericanas No.1 da Associação Latino-americana de Sociologia (ALAS)

em versão PDF texto completo disponível para ser lida ou baixada gratuitamente de:

Red de Revistas de la Asociación Latinoamericana de Sociología
http://www.alasred.org/

Boletín ALAS
http://www.edicionalas.org/

quarta-feira, 6 de maio de 2009

História do Brasil - Vídeo-aula 1 - Colônia

Prezados camaradas,

Daremos início hoje, a uma série sobre a História do Brasil, este documentário foi produzido pelo Historiador Boris Fausto, professor da USP, em parceria com a TV Escola, os vídeos são separados em 3 partes, Brasil Colônia, Brasil Império e Brasil República, começaremos pelo período colonial divididos em 3 momentos, o professor inicia contextualizando os precedentes que levaram a se constituir a colônia portuguesa do Brasil, estas vídeo-aulas são muito importantes, pois conhecer de fato a nossa história, é fundamental para organizarmos as lutas e nos ajuda em muito a compreender um pouco mais os aspectos que formaram o nosso país.

Boa aula,

Saudações.

http://www.youtube.com/watch?v=Zs0pI9cwQCU



http://www.youtube.com/watch?v=R7eDOEMrCmo



http://www.youtube.com/watch?v=eXi7-4AO_mE

Em entrevista Chico Oliveira apoia as teses de Ruy Mauro Marini

Chico Oliveira apoiando as teses de Ruy Mauro Marini abertamente em entrevista concedida aos professores Jaldes Reis de Meneses (DH-UFPB) e Maria Aparecida Ramos (DSS-UFPB).

Trata-se de um truísmo afirmar que o professor Francisco de Oliveira, Professor Titular da Universidade de São Paulo (USP) é hoje um dos principais intelectuais brasileiros. Autor de uma respeitável obra de estudos sociológicos, hoje clássicos, tais como Elegia para uma re(li)gião (1977), A economia da dependência imperfeita (1989), Os direitos do antivalor (1998) e o recente e polêmico artigo O ornitorrinco, incluído no volume Crítica à razão dualista/o ornitorrinco (2003), aos 74 anos, o professor mantém-se ativo, repleto de compromissos e com uma produção intelectual intensa de quem não fica parado e pensa as questões atinentes ao Brasil e à evolução recente do capitalismo em tempo integral.

Dotado de imensa coragem e independência crítica, filiado em suas origens mais antigas a Celso Furtado, com quem compartilhou a direção intelectual da SUDENE antes de 1964, é impressionante a capacidade renovação do pensamento de Chico de Oliveira. Sempre munido da razão crítica contra o "cinismo dos sem-razão", estamos diante de um pensamento em movimento, irônico e curioso.

Na entrevista fala de muitos aspectos da realidade atual. Barack Obama, crise financeira mundial, o novo papel do Brasil no capitalismo mundial. Selecionamos três perguntas/respostas da entrevista. Clique para ler na íntegra aqui.

Em recente programa de televisão alusivo aos 90 anos de Antonio Candido, o senhor afirmou que a geração de autores como o próprio Candido, Caio Prado, Florestan Fernandes, etc., são “pontos de partida” e não “de chegada” na compreensão do Brasil. Como é possível chegar a algum “ponto”, em termos de espaço nacional brasileiro, diante da internacionalização da economia?

Eles são pontos de partida, porque é a partir daí que temos que avançar na compreensão do Brasil. Não são mais pontos de chegada, por exemplo, com Celso Furtado: a globalização redefiniu os termos entre periferia e centro, por isso a teorização de Furtado não pode ser entendida como uma radiografia do Brasil de hoje e de sua inserção no sistema internacional. A partir de sua “internalização de decisões”, que foi o auge do “subdesenvolvimento”, podemos partir para entender a extroversão das decisões, mas não podemos nos contentar com as recomendações de política que decorriam do “subdesenvolvimento”. Com os outros grandes teóricos, passa-se mais ou menos o mesmo, talvez menos com Antonio Candido, pois como sabemos as mediações de sociedade, Estado e sistema econômico são mais complexas, e qualquer reducionismo aí é muito perigoso. Florestan pode ser entendido na chave também do “ponto de partida”, mas sua interpretação sobre a ausência de “revolução burguesa” no Brasil, em chave parecida com as dos nossos Carlos Nelson Coutinho e Luis Werneck Vianna, deve ser repensada, pois no capitalismo globalizado já não se faz necessária que a burguesia nacional seja revolucionária. Aliás, se a “hegemonia às avessas” tem alguma qualidade como “provocação teórica”, está exatamente em que a globalização utiliza as “energias utópicas” (Habermas) dos dominados para a nova forma de dominação.

Tivemos dois anos de crescimento econômico no Brasil. Sobrevém atualmente uma crise econômica internacional, com fulcro nos Estados Unidos. Diante da conjuntura, como se projetam as dificuldades no governo brasileiro, doravante?

Pode-se produzir “descolamento” entre a crise nos USA e também na Europa, e a expansão capitalista no Brasil. Estamos nos especializando em comodities, além de que convém insistir em que a dinâmica capitalista na China e na Índia supre as demandas de outras regiões. A crise norteamericana, que é sobretudo de caráter financeiro, não necessariamente afeta as comodities. Já se produziu algo parecido na crise dos anos 30: enquanto o capitalismo central mergulhava em recessão, a economia brasileira cresceu. O problema, desta vez, é que o financiamento da acumulação de capital no Brasil se extroverteu, e então uma crise financeira pode nos afetar gravemente.

Na esteira das antigas e polêmicas digressões de Rui Mauro Marini, enunciadas em Dialética da dependência (México, Editora Era, 1977), ainda na década de 70 do século passado, alguns vizinhos brasileiros (Bolívia, Paraguai, e mesmo a Argentina, entre outros) voltaram a falar em um “sub-imperialismo” brasileiro. Realmente, os investimentos estatais e empresariais brasileiros têm crescido nesses países. Como analisa a questão?

Creio que Rui Mauro Marini previu corretamente a trajetória do capitalismo brasileiro e suas relações com a América do Sul. Na época, apenas Itaipu anunciava sua tese; agora, a Petrobrás controla 15% do PIB da Bolívia. Isto é uma empresa dentro de um Estado ou um Estado dentro de uma empresa? Até o governo brasileiro tem medo da Petrobrás: a discussão atual sobre o Pré-Sal mostra que o governo não controla mais sua principal empresa. Parodiando Paul Baran [1910-1964], em conferência no Recife, que nunca foi divulgada, não é o governo brasileiro que controla a Petrobrás, mas é a Petrobrás quem controla o governo brasileiro. Perto disso, o imperialismo das antigas grandes “sete irmãs ” do petróleo é brincadeira de aprendiz.

Zeitgeist, adendo

Ontem foi posto um post falando do filme "Zeitgeist, o filme". Na Web há também há a continuação do filme "Zeitgeist", o novo filme do mesmo diretor, "Zeitgeist, Addendum".

Segue a mesma lógica, e serve com continuação, a seguindo a estrutura de capítulos do primeiro.

Nessa continuação já começa com uma exposição de como funciona o sistema monetário dos EUA.

veja:



para assistir legendado em português clique aqui

Há também o site oficial http://www.zeitgeistmovie.com/, onde o diretor Peter Joseph apresenta os filmes e sua filosofia.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Zeitgeist, o filme

Em vídeo o filme ZEITGEIST, The Movie (versão Remastered / Final Edition - Full Production)


Zeitgeist, o filme é um documentário pertubador e interessantíssimo, que vem circulando desde 2007 pela Web. Depois de boca-a-boca e da circulação de discos em mão-a-mão, encontramos a versão final com mais de 2h de duração, que pode ser assistido integralmente pela internet.

A palavra Zeitgeist é do alemão é quer dizer "espírito do tempo". O filme que apresenta um miscelânea de teorias conspiratórias, apresentadas de maneira bem embasadas, com o curiosíssimo slogan: "O que o Cristianismo, os Ataques do 11 de Setembro e o FED (Banco Central dos EUA) têm em comum?"

O curioso do filme é que explica a história de criação do FED.

vejam e verão...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Viva a luta Palestina! Segundo Latuff, trilha de Rammstein

Prezados lutadores,

Vejam esse vídeo feito com os trabalhos do cartunista Latuff, um artista a serviço das lutas, o trabalho dele é conhecido no mundo inteiro, principalmente pela causa palestina.

O Rock fica por conta de uma banda alemã chamada Rammstein, os caras são da antiga Alemanha Oriental e fazem um Metal de primeira qualidade, vale ouvir.

Abraços,

http://www.youtube.com/watch?v=ssu0frI0ERY

Reitoria da USP toma prédio do DCE e estudantes reagem com ocupação. Na UFF pode ocorrer o mesmo.

Recebi essa mensagem que reproduzo. É uma carta pública da comissão organizadora do I Congresso Nacional dos Estudantes que pede solidariedade a ocupação da sede do DCE da USP. O prédio do DCE passou por uma reforma realizada pela Reitoria daquela universidade, que na sequência não foi devolvida ao movimento estudantil.

Temo que esse seja o mesmo fim do prédio do Espaço DCE sede do DCE da Universidade Federal Fluminense, que vem passando por uma severa crise, tendo inclusive sido interditado pela defesa civil de Niterói, tudo provocado pela total omissão da reitoria da UFF e uma diretoria do DCE apoplética.

***

Todo Apoio à Ocupação do DCE da USP!


No último dia 23 de abril, os estudantes da USP, após sua assembléia realizaram uma ocupação do espaço que até 2006 abrigava a sede do DCE e tinha sido fechado para reforma. Ao final da reforma, a Reitoria da Universidade nada sinalizava para garantir que o espaço voltasse a ser a sede da entidade. Dessa forma, os estudantes, através de um movimento justo, realiaram a ocupação e lá se mantém até hoje, para garantir o espaço para os estudantes.

A Comissão organizadora do Congresso Nacional de Estudantes vem manifestar seu apoio irrestrito a luta dos estudanteas da USP, por entender que estão ocupando um espaço que lhes pertence e que a Reitoria da Universidade não lhes queria garantir.

Mais uma vez, os estudantes da Universidade de São Paulo estão mostrando o caminho das conquistas dos estudantes: a luta e a ação direta. Achamos muito importante que essa mobilização sirva para impulsionar a luta contra os ataques às Universidades Estaduais Paulistas, orquestradas pelo governo do Estado. A Univesp e o corte de verbas são dois grandes ataques, que para serem enfrentados, deve recorrer à disposção de luta impressa na ocupação do DCE da Universidade.

Achamos muito importante que esse processo de mobilização seja refletido na construção e realização do Congresso Nacional de Estudantes, afinal não é de hoje que as Reitorias recorrem a esse tipo de postura autoritária para atacar o movimento estudantil pelo país.

Comissão Organizadora do Congresso Nacional de Estudantes

Camila - Conlutas
(21) 71252952
(11) 72731753
Construindo o Congresso Nacional de Estudantes!

domingo, 3 de maio de 2009

Palestina Livre!

Agência Reuters - 02/05/2009 09:47

Israel abre segundo dia de ataques aéreos em Gaza

GAZA (Reuters)

Aviões de guerra israelenses bombardearam túneis na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito no sábado, depois que militantes dispararam morteiros contra o Estado judeu, disseram o Exército israelense e testemunhas.

Não há relatos de mortes. Um porta-voz do Exército israelense afirmou que os ataques tinham como alvo três túneis utilizados para contrabandear armas para a Faixa de Gaza, perto da cidade de Rafah, na fronteira egípcia.

Israel retomou os ataques na sexta-feira contra túneis que diz serem usados para contrabando, após uma pausa de quase dois meses nos combates. Não houve mortes nos ataques aéreos de sexta-feira, realizados depois que um foguete atingiu Israel.

Israel afirmou que três morteiros foram atirados contra o país a partir da região norte da Faixa de Gaza no sábado, sem provocar mortes. O Comitê de Resistência Palestino, um grupo militante em Gaza, afirma que atirou os morteiros no sábado.


(Por Nidal al-Mughrabi)

Como funciona uma plataforma de petróleo

Nesse feriadão houve o fato histórico do início da produção do primeiro campo de pré-sal da bacia de Santos, o campo de Tupi.

A imprensa nacional atrelada aos interesses neoliberais deu pouco caso, dedicando-se mais a fala infeliz de Lula sobre as cotas de viagens dos congressistas.

Apesar disso, e da parcela de culpa do presidente em defender aliados, a exploração de petróleo na camada pré-sal é importante para os rumos da economia brasileira. Contudo, muito se fala do pré-sal e da exploração do petróleo brasileiro em alto mar mas pouco se explica sobre como funciona uma plataforma e o que ela faz.

O blog Processo Industrial tem um matéria e um vídeo institucional da Petrobras que mostram como funciona um plataforma de petróleo operando em alto mar e extraindo óleo cru e gás natural.

(veja a matéria aqui)

sábado, 2 de maio de 2009

Problemas com o Comperj

por Almir Cezar Filho

O esperado e comemorado Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - Comperj  tem tido dificuldade de sair do papel, pelo menos antes de janeiro de 2010. Promessa de desenvolvimento e empregos para a região metropolitana do RJ e de aproveitamento do complicado petróleo de óleo pesado típico dos campos brasileiros, o Comperj pode estar, em razão da crise financeira mundial, de ter seu início de operação adiado.


O Comperj será construído numa área de 45 milhões de m2 localizada no município de Itaboraí, região metropolitana do RJ.

A produção de resinas termoplásticas e combustíveis realizadas pelo Comperj consolidará o Rio de Janeiro como grande concentrador de oportunidades de negócios no setor petroquímico e petrolífero (somados ao polo offshore Macaé, aos polos navais de Niterói e Angra dos Reis e à refinaria e o polo Gás-químico de Duque de Caxias).

O PIB em 2009 (II)

O que falta para a economia brasileira

Por Julio Gomes de Almeida para o Terra Magazine

De São Paulo - Terça, 28 de abril de 2009, 08h12

Todo o cuidado é pouco com interpretações pretensamente definitivas em um contexto de crise econômica porque estas costumam alternar momentos melhores e piores. Isso é particularmente verdadeiro se a crise tem matriz global e, no plano das economias centrais, é de gravidade comparável com a grande crise de 1929. A economia brasileira vivencia um momento em que se avolumam sinais de melhora, sem que, inequivocamente, se possa falar em recuperação.

leia mais

O PIB em 2009

Há uma polêmica correndo no jornalismo econômico sobre a estimativa de PIB do ano. Há desde previsões de PIB negativo, até de leve crescimento e crescimento moderado. Leiam esse artigo que pesquei na web, acho bem interessante nas avaliações.

***

O PIB em 2009

por Antonio Corrêa de Lacerda, para o Terra Magazine

De São Paulo - Quinta, 23 de abril de 2009, 07h56

http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3719698-EI7095,00.html

O FMI (Fundo Monetário Internacional) acaba de divulgar novos prognósticos para o desempenho da economia mundial em 2009, com uma estimativa de queda de 1,3 % na economia mundial e o mesmo para o Brasil. O mais recente Boletim Focus, publicado pelo Banco Central brasileiro com base na estimativa de quase uma centena de analistas aponta para uma queda de 0,5%. Ou seja, há um quase consenso no que se refere à recessão de curto prazo para a economia brasileira.

No entanto, apesar desse aparente consenso, ainda há chances concretas de o Brasil evitar a recessão em 2009, a depender do ritmo de recuperação da economia mundial, mas também e principalmente das ações de ordem interna.

Houve queda de 3,6% do PIB no 4º trimestre de 2008, face ao 3º trimestre de 2008, resultado da diminuição abrupta no ritmo das exportações brasileiras e da atividade do mercado doméstico. Estes efeitos se fazem sentir, principalmente, nos setores industriais, afetados pela contração da demanda do mercado externo e interno, além da carência de crédito e investimentos.

Estimamos crescimento do PIB em mais ou menos 0% em 2009, com uma margem de 0,5 p.p. para cima ou para baixo. A previsão de crescimento de +-0% em 2009, tem como referência as seguintes taxas de crescimento trimestrais ao longo de 2009: -1,0% no 1º trimestre, +1,0% no 2º trimestre, +1,0% no 3º trimestre, e +1,5% no 4º trimestre.

Para 2010 conta-se com uma recuperação de 2,5% em 2010. Este cenário deve refletir uma trajetória de recuperação, principalmente do nível de atividade da indústria, recuperação do crédito e dos investimentos ao longo do ano de 2009. Sendo assim, criam-se as condições para que o PIB cresça a taxas mais expressivas a partir de 2010.

Com a melhora esperada no cenário internacional, assim como a adoção das mudanças nas políticas econômicas domésticas, como cortes mais substanciais nos juros básicos e maior agilidade na implementação de investimentos por parte do Governo, viabiliza-se um crescimento em 2010.

Com a melhora esperada no cenário internacional, assim como a adoção das mudanças nas políticas econômicas domésticas, como cortes mais substanciais nos juros básicos e maior agilidade na implementação de investimentos por parte do Governo, viabiliza-se um crescimento próximo de 2,5% em 2010.

Em suma, o cenário apontado para 2009 e a recuperação da economia brasileira a partir de 2010, estão condicionados as seguintes premissas:

a) Recuperação da dinâmica de crescimento do nível de atividade e do comércio internacional;

b) Cortes adicionais na taxa básica de juros (Selic), com a ampliação do crédito e redução dos spreads bancários, com a finalidade de reduzir o custo de financiamento;

c) Ampliação dos créditos direcionados a setores mais dinâmicos na criação de empregos como, por exemplo, setores industriais e de infraestrutura, concedidos por instituições financeiras públicas; d) Maior agilidade na implementação de projetos e nos desembolsos às obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento);

e) Implementação ainda no primeiro semestre de 2009 do Programa Habitacional do governo federal, lançado em março de 2009;

f) Aumento consistente dos gastos das famílias no decorrer de 2009 e 2010, em virtude da criação de duas novas alíquotas do imposto de renda de pessoa física (IRPF), promovida pelo governo em dezembro de 2008;

g) Ampliação do número de famílias beneficiadas no programa Bolsa-Família.

O fundamental na definição das políticas macroeconômicas por parte do Governo, especialmente em face do cenário de crise, é estabelecer prioridades e, a principal delas, é fazer com que o quadro recessivo da economia brasileira seja revertido e transformado em desempenho positivo para garantir a retomado do crescimento.

A retomada da economia brasileira a partir de 2010 estará condicionada à recuperação da dinâmica da economia mundial, mas também e, principalmente, das necessárias mudanças nas políticas econômicas domésticas, com a redução das taxas de juros e a maior promoção de investimentos produtivos.

Antonio Corrêa de Lacerda é professor-doutor do departamento de economia da PUC-SP e autor, entre outros livros, de "Globalização e Investimento Estrangeiro no Brasil" (Saraiva). Foi presidente do Cofecon e da SOBEET.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Novo panfleto sobre a crise e a dívida

Recebi do Movimento Auditoria Cidadã da Dívida

Amigos da Auditoria Cidadã da Dívida

Lançamos recente panfleto "A CRISE E OS TRABALHADORES: ENFRENTAR A DÍVIDA PÚBLICA, PARA NÃO PAGARMOS A CONTA DA CRISE", dedicado à avaliação da crise mundial, seus impactos sobre o endividamento público brasileiro e o ônus para a classe trabalhadora e para toda a sociedade.

Ele encontra-se disponível em nossa página www.divida-auditoriacidada.org.br, na seção “Materiais”. As entidades interessadas em apoiar sua impressão e divulgação podem enviar mensagem para auditoriacidada@terra.com.br . Esclarecemos ainda que poderão ser enviadas sugestões de temas e textos para publicações.

Aproveitamos a ocasião para convidar a todos para acessarem a nova seção "Notícias diárias comentadas sobre o endividamento" em nossa página, onde encontrarão acompanhamento diário comentado sobre o tema.

Atenciosamente,

Maria Lucia Fattorelli e Rodrigo Ávila
Auditoria Cidadã da Dívida
www.divida-auditoriacidada.org.br