quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Uma vergonha, policiais assassinos confessos de sindicalistas são absolvidos em Brasília

Estive presente assistindo o julgamento dos policiais réus confessos do assassinato a 11 anos do sindicalista Gildo Rocha, ontem (29/11) no fórum criminal de Brasília, e nunca tinha vista tanta injustiça em minha vida. A vida de um cidadão pobre não vale nada. E quando é tão nítido isso, a polícia ainda pode mentir e falsear, que ficará impune, apenas basta dizer que estava fazendo seu "trabalho".

 A polícia, em nome da "segurança pública" pode matar qualquer um. E se é um cidadão inocente, a polícia ainda pode forjar e fraudar para macular a imagem do morto e dizer que "merecia" morrer, coisa que nem bandido merece, ninguém merece. Merece ser preso e julgado. Um sindicalista ameaçado de morte, em um greve com forte repressão é abordado por pessoas sinistras sem se identificar como policiais, foge deles, é perseguido por uma chuva de balas, morto, ainda tem provas esdruxulamente plantadas contra ele, na tentativa de livrar a cara dos maus policiais. Foi um linchamento moral. A vítima foi a julgada e condenada, não seus escroques assassinos.

A polícia ainda é a mesma da ditadura. Tenho vergonha. Sou primo, sobrinho, neto e bisneto de policiais e nunca me senti tão envergonhado disso.Tenho vergonha da Promotoria, que fez papel de banana, dos advogados de defesa, cínicos e mentirosos, e do judiciário, leniente e conivente. Não consigo entender como os jurados puderam pactuar com os assassinos. Acho que os cidadãos, que tanto reclamam da polícia e da justiça, têm o que merecem.Senti uma dor enorme em meu peito quando ouvi a sentença e ouvi o urro de prazer das dezenas de policiais presentes à plateia do julgamento, mais ali para intimidar do que em solidariedade ao seu colega. Começo a entender porque o tráfico quando encontra um policial mesmo a paisana ou de folga "passa o rodo", e porque a população das comunidades carentes tem tanto ódio da polícia e aceitam esse comportamento do tráfico. A hipócrita e amedrontada classe média não entende isso.

Fico esperando que as coisas se revertam. Que aqueles homicidas ainda sejam condenados no futuro não muito distante. Lembro de julgamentos famosos do passado, que os assassinos foram inocentados pelas desculpas mais patéticas e pelo preconceito das pessoas, mas depois a justiça foi feita. Fico aguardando. Senão, resta-nos apenas à Revolução Socialista, para mudar a Justiça e a Polícia, para pô-los a serviço das pessoas, e não dos ricos e da grande propriedade, e cumprir o que nos dizem ser sua missão, fazer justiça e proteger as pessoas.

Saudações indignadas,

Almir

Após 11 anos, assassino de Gildo é absolvido em Brasília 

Sindicalista foi morto pelas costas por policiais durante uma greve em 2000


DA REDAÇÃO


Gildo Rocha: 11 anos de impunidade

• Onze anos após o crime que tirou a vida do sindicalista e militante do PSTU, Gildo Rocha, um dos policiais envolvidos no assassinato acaba de ser absolvido no julgamento realizado nesse dia 29 de novembro, em Brasília.

Gildo foi morto com tiros pelas costas por dois policiais civis durante uma greve em 2000. Um dos assassinos já morreu e o outro, o policial Arnulfo Alves Pereira, foi considerado ‘inocente’ pelo júri, mesmo com sua comprovada participação na morte do sindicalista.

Desonerações tributárias são eficientes e eficazes?

IPEA discute se as desonerações tributárias, recursos público não arrecadado em impostos as empresas, beneficiando um setor produtivo em detrimento de outro e que poderia ser usado na Educação, Saúde, etc, é eficiente e eficaz.

Gastos tributários devem somar 3,5% do PIB em 2011

Comunicado do Ipea propõe debate sobre a eficiência e eficácia das desonerações tributárias

Estimativas da Receita Federal do Brasil compiladas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que, em 2011, o gasto tributário federal deve atingir 3,53% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 137 bilhões. Deste total, R$ 43,5 bilhões são considerados “sociais” por beneficiarem áreas como Educação, Cultura e Saúde.

As informações sobre o gasto tributário foram apresentados no Comunicado nº 117 – Gastos Tributários do governo federal: um debate necessário, apresentado nesta terça-feira, 18, durante coletiva pública em Brasília. A proposta do documento é divulgar os dados disponibilizados pela Receita Federal e estimular o debate sobre as desonerações.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Dívida caí, mas gastança com juros aumenta. Gasto supera recursos para o social

A dívida pública federal cai, mesmo com elevação da dívida interna. Juros puxam dívida interna a R$ 1,7 tri. Gastança financeira de R$ 15 bilhões elevou débito em 0,51% em outubro. País já torrou R$ 6,8 tri com juro. Gastança financeira desde 1995 supera amplamente recursos para o social, de apenas 0,5% do PIB.


Dívida pública federal cai, mesmo com elevação da dívida interna
Monitor Mercantil, 21/11/2011 

A dívida pública mobiliária federal interna (em títulos) subiu 0,51% em outubro passando de R$ 1,723 trilhão para R$ 1,732 trilhão, informou hoje (21) o Tesouro Nacional. Isso ocorreu porque o Tesouro incorporou à dívida R$ 15,37 bilhões em juros, com resgates líquidos de R$ 6,66 bilhões. 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Novo boletim eletrônico da LIT

Mais notícias internacionais no novo boletim eletrônico da organização marxista Liga Internacional dos Trabalhadores, com links para as matérias.

Domingo, 20 de novembro de 2011Boletim Eletrônico Nº 184
  
A crise grega aprofunda a crise da Europa do capital
Declaração da LIT ante a retirada do referendo grego e a crise da UE. Tentar aparecer como "democrático" custou caro a George Papandreou. Em uma escalada de acontecimentos após sua tão falsa como questionada intenção de submeter a referendo popular o segundo e brutal plano "de resgate" da Troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI) ...Leia mais.

domingo, 27 de novembro de 2011

Aprofunda-se a crise na Europa. Nem o "núcleo duro" está imune.

Aprofunda-se a crise na Europa. Nem o "núcleo duro" está imune: a Alemanha na alça de mira dos especuladores e o atoleiro chega a França. A União Europeia às vésperas de se liquefaz.

Alemanha na alça de mira dos especuladores
Laura Britt - Sucursal da União Européia.24/11/2011

Início do fim do "núcleo duro" da Zona do Euro 
Zurique - Apostas de US$ 739,5 bilhões são jogadas na eventual falência da Itália, França e Alemanha no mercado dos CDS. Os fundos especuladores - sob o nome de código "abutre" (vulture funds), deixaram a Grécia na margem e agora atacam o coração da Zona do Euro.

Suas expectativas de lucro não têm limite e estão em posição de enfrentar os "fortes" da União Européia (UE). Entraram no sistema europeu pela "porta dos fundos" graças a falta de entendimento e de decisão que predominam nos primeiros escalões da UE. Os empoados líderes do Velho Continente não decidiram, ainda, se fecham ou não a "porta dos fundos".

sábado, 26 de novembro de 2011

Aqueles que lançaram a Europa na crise irão salvá-la?

Como aqueles que lançaram a Europa na crise irá salvá-la? Justamente os tecnocratas neoliberais como Monti na Itália e Papademos na Grécia, que a frente de altos pontos tanto nos governos como nas instituições financeiras mergulharam a Europa na recente crise das dívidas públicas, poderão à cabeça dos Governos executar planos de recuperação?

Grandes bancos como Goldman Sachs foram os principais culpados pela crise, mas agora tem seus "boys" a frente dos planos de recuperação. De fato, plagiando Marx, os governos são apenas os comitês da burguesia.


Goldman Sachs: como criar uma crise e governar o mundo
 Eduardo Febbro - em Paris - CARTA MAIOR


Muitos dos homens que fabricaram o desastre foram chamados agora para tomar as rédeas de postos chaves e com a missão de reparar, ao custo do bem estar da população, as consequências dos calotes que eles mesmos produziram. O banco de investimentos Goldman Sachs conseguiu uma façanha pouco frequente na história política mundial: colocar os seus homens na direção dos governos europeus e do banco que rege os destinos das políticas econômicas da União Europeia. Mario Draghi, o atual presidente do BC Europeu, Mario Monti, presidente do Conselho Italiano, Lukas Papademos, o novo primeiro ministro grego, todos pertencem à galáxia do Goldman Sachs.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

25 de Novembro: Dia de luta contra a violência à Mulher!


22/11/2011 | Movimento Mulheres em Luta  | CSP Conlutas (nacional)


Basta de Violência contra as Mulheres!

A violência contra a mulher é um problema escandaloso em nosso País! Segundo o Anuário das Mulheres Brasileiras (2011 – DIEESE e Secretaria de Políticas para Mulheres), o local em que as mulheres mais sofrem violência é dentro de casa. Xingamentos, agressões verbais, humilhações e ameaças também fazem parte do cotidiano e em muitos lares avançam para a agressão física e até morte. É uma combinação entre violência física e violência psicológica.

 Segundo o Instituto Avon, a violência assombra principalmente as mulheres que ganham entre 1 e 2 salários mínimos. Na mesma pesquisa, 46% dos entrevistados alegam que o principal motivo para esta realidade é o fato de “o homem se achar dono da mulher”. Esta ideia é uma ideia machista.
  
O machismo é uma ideologia que ganha força em um sistema social baseado em relações de exploração entre patrões e trabalhadores. Os patrões utilizam o machismo para pagar menos as mulheres trabalhadoras e para dividir a classe trabalhadora. Por isso, a luta contra a violência machista deve ser uma luta de homens e mulheres da classe trabalhadora. Quando um trabalhador agride alguma mulher, está ajudando a reforçar a ideologia do patrão e está dividindo os trabalhadores.
  

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Segundo PNUD, em igualdade de gênero, Brasil está atrás da Líbia

No que diz respeito à igualdade de gênero, Brasil está atrás da Líbia, Líbano e Kwait, segundo Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento.
http://mulheresemluta.blogspot.com/

 Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD), do total de 146 nações avaliadas, o Brasil está em 80º lugar no que diz respeito à desigualdade entre homens e mulheres. O PNUD calcula o índice de desenvolvimento humano de cada país e um de seus indicadores é o Índice de Igualdade de Gênero (IDG).

O cálculo do IDG considera a saúde reprodutiva, capacitação e mercado de trabalho. As variáveis para cálculo do índice são: mortalidade materna, gravidez na adolescência, assentos do Parlamento nacional e taxa de participação na força de trabalho.

Segundo notícia do jornal O Estado de São Paulo, 48,8% das mulheres adultas têm alcançado pelo menos o nível de educação secundária, contra 46,3% dos homens. Apesar da redução da taxa de mortalidade materna nos últimos anos, o índice segue muito alto: 58 a cada mil nascimentos, entre 2010 e 2011. 9,6% dos assentos do Congresso Nacional são ocupados por mulheres e a participação no mercado de trabalho também revela as desigualdades: a taxa é 60,1% para as mulheres e 81,9% para os homens.

 Com esta posição, o Brasil está atrás de países como Chile, Peru, Venezuela, México e, pasmem, Líbia, Líbano e Kwait, países identificados com a religião islâmica e tidos como mais atrasados no que diz respeito em direitos democráticos da mulher.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O aprofundamento do colapso econômico na UE: a transformação da crise privada em pública


O aprofundamento do colapso econômico
No auge da crise, economistas clamavam pela injeção de trilhões no salvamento dos bancos. Mas, tão logo a recuperação dos ativos fomentou a percepção de volta ao normal, os olhares se dirigiram aos desequilíbrios fiscais e à dívida pública, transformando uma crise financeira privada em uma crise financeira pública
por Maryse Farhi
do Le Monde Diplomatique Brasil
A Crise financeira iniciada em meados de 2007 no segmento de crédito imobiliário nos Estados Unidos adquiriu contornos sistêmicos após a falência do Lehman Brothers em setembro de 2008 e foi grave o suficiente para ser frequentemente qualificada como a mais séria e destrutiva desde 1929. Crises dessa magnitude têm o poder de trazer à tona disfunções econômicas que passam praticamente despercebidas nos períodos de bonança. A percepção dessas disfunções alimenta reações extremas do mercado, que vão da especulação desenfreada ao pânico.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Engarrafamentos e tarifas altas: a culpa dos monopólios e dos políticos

De quem é a culpa?
A Tribuna RJ, Quinta-feira, 17 de Novembro de 2011


O empresariado, defensor da livre iniciativa, sempre condenou todo tipo de monopólio, especialmente o estatal. À favor da livre concorrência e da maior participação dos investidores em grandes negócios, condenou o monopólio estatal do petróleo e defendeu a privatização de empresas de energia, de telefonia e o direito de gestão em rodovias, através de concessões.

Sempre se argumentou que o Estado seria um mau gestor, o que tem sido contraditado em exemplos como a atuação da Petrobras, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e o bom desempenho do Estado como gestor do sistema de barcas e na construção da Ponte R io-Niterói, obra vultuosa e paga em apenas oito anos de cobrança de pedágio.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Juros não puxaram a queda da inflação. Recuo é causado pela commodities

por Almir Cezar

A recente queda na taxa de inflação brasileira comprova que taxa Selic não deveria ser usada como instrumento de política monetária, questão inúmeras vezes apresentada aqui no blog.  Agora usando as palavras do professor Dércio Garcia Munhoz da Universidade de Brasília: "A Selic não altera a liquidez na economia, portanto não é instrumento de política monetária, mas os preços estão caindo por causa da queda da demanda interna e dos preços das commodities. As empresas, por causa da falta de mercado, estão reduzindo margem de lucro" [ Leia a matéria ao final ]. O Brasil ao trilhar o caminho do desenvolvimento capitalista dependente está preso a uma armadilha macroeconômica que lhe empurra a uma crônica inflação relativamente alta (em comparação ao países capitalistas centrais), onde os juros altos não ajudam a reprimi-la.

A inflação no Brasil é gerada sempre por três fatores característicos, herdados de nosso desenvolvimento capitalista dependente: demanda interna a frente da oferta, sobre-importância dos preços das commodities na economia e margens de lucros exageradas fixadas pelos oligopólios e multinacionais. Esse último fator é o menos estudado, embora seja justamente o fator mais determinante, típico de países capitalistas dependentes dentro do sistema mundial. Em resumo: no Brasil, juros altos não combatem a inflação. Como pelo contrário, na atualidade a vem mantendo alta, retroalimentando-a [para mais saber mais a sugestão é o artigo "Juros, inflação e dependência no Brasil atual" ].

A alta taxa de inflação em países industriais dependentes lhe é um traço típico, e é causado simultaneamente pela própria industrialização acelerada e pela dependência. Quanto mais cresce a economia maior é a inflação, à medida que a estrutura produtiva ainda não está completa a atender o incremento de renda dela resultante, além do mais, traz consigo a formação de grandes oligopólios nacionais e a entrada  das multinacionais no mercado doméstico. Portanto, mesmo agora no Brasil, a causa primária da inflação alta crônica é a estrutura de preços herdada do modelo de desenvolvimento, e o principal agente que a provoca são os oligopólios e multinacionais e suas altas margens de lucros, que não são superados através de mera medidas de políticas macroeconômicas, mas sim estruturais. Seria esse fenômeno é uma espécie de "armadilha" macroeconômica, inevitável aos países em desenvolvimento. Com efeitos inclusive em excessos de importações e declínio da rentabilidade das exportações de produtos primários, logo gerando gargalos na contas externas e balanço de pagamentos. Consequentemente situação que não se combate da forma convencional como diria a Economia burguesa, controlando a demanda agregada via fixação da taxa básica juros ou orçamento público "equilibrado".

domingo, 20 de novembro de 2011

Negro sofre 'discriminação institucionalizada' no serviço de saúde, diz diretor de ONG

BBC Brasil

Além de ter menos acesso a planos de saúde do que brancos, a população negra também sofre uma "discriminação institucionalizada" nos serviços públicos de saúde do país, segundo o diretor do Fundo Baobá, Athayde Motta.

"De alguma forma, os serviços do Estado reproduzem o preconceito de parte da sociedade. Pesquisas mostram que nos locais onde a maior parte da população é negra o serviço tende a ser pior", diz Motta.
A tese defendida por Motta, que dirige o Fundo Baobá, uma ONG que viabiliza projetos que promovam a equidade racial, já foi sentida na pele por Marcelo Antonio de Jesus. Educador em uma ONG em São Paulo, 36 anos, Jesus conta que "durante exames", já sentiu "que há o receio de alguns médicos de tocar o paciente, pelo fato de ser negro". "Isso também ocorreu com familiares. No meu caso, em uma ocasião, fui a dois médicos diferentes. Um deles nem me examinou e deu o diagnóstico só a partir do que eu havia contado", disse.

sábado, 19 de novembro de 2011

Dia 20/11 nas ruas - Marcha da Periferia contra a violência e a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais

Fortalecer o dia 20 de Novembro nas ruas 

Participe da Marcha da Periferia contra a violência e a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais.


JULIO CONDAQUE, DA SECRETARIA NACIONAL DE NEGROS E NEGRAS DO PSTU


• A comemoração do 20 de Novembro como Dia Nacional da Consciência Negra surgiu na segunda metade dos anos 1970, no contexto das lutas dos movimentos negro e dos trabalhadores e dos movimentos populares contra o racismo. O dia homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra no Brasil, morto em uma emboscada em 1695, após sucessivos ataques ao Quilombo de Palmares, em Alagoas. E desde 1997, Zumbi faz parte do Livro dos heróis brasileiros.

A negação de uma reivindicação histórica do movimento negro como reparação, dentre elas tornar Zumbi um símbolo da luta de resistência negra de Palmares, onde também tiveram outros revolucionários homens e mulheres quilombolas, só nos incentiva a continuar na luta pelo Feriado Nacional do 20 de Novembro, tão aguardada pelo povo negro.

Apesar de hoje as instituições parlamentares, escolares, entre outras, lembrarem, comemorarem e até festejar a memória do líder Zumbi dos Palmares, nem sempre foi assim. A data foi resultado de muita luta e organização do movimento negro, desde as décadas de 70. Só em 2005, quando foi realizada a marcha dos 300 anos da morte de Zumbi, o antigo líder negro começou a receber algum destaque e o 20 de Novembro comemorado passou a ser comemorado.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Europa impõe neocolonialismo à Grécia, diz economista

Folha de São Paulo

A queda de George Papandreou é uma vitória do mercado financeiro, que conseguiu enterrar a ideia --mal encaminhada-- do plebiscito na Grécia. O pacote de resgate imposto pela Europa ao país é "uma forma de neocolonalismo".

A análise é do economista chileno Gabriel Palma, 64, professor da Universidade de Cambridge (Reino Unido). "Alemanha e França pensam que têm o direito de decidir o que acontece na Grécia depois do resgate. A falta de democracia é absoluta", diz.
Especializado em econometria e desenvolvimento, ele avalia que "o pior fantasma que há na Europa é a Itália".

Palma critica o que chama de "passividade da América Latina" em relação ao crescimento puxado pelo preço excepcional das commodities e por fluxos de capitais externos. A Argentina é exceção, pois "está tomando medidas mais agressivas, mais pragmáticas".
Ataca a política de altos juros brasileira, que classifica como "monetarismo do século 19", e define a desindustrialização do país como um processo de "vandalismo econômico".

FOLHA - O que acontece na Grécia?
GABRIEL PALMA - O que acorreu na América Latina muitas vezes. Foi criada uma crise e os que pagam pela crise são outros. A Grécia cortou 25% da educação pública, 25% da saúde pública, deixou a habitação a zero. Nenhum desses setores foi causa da crise. Uns se beneficiaram e são outros os que estão pagando. Na Grécia, entre 2002 e 2007, o valor do estoque de bens financeiros (bolsa, ativos bancários, bônus públicos e privados) triplicou em termos reais. Cresceram seis vezes mais rápido que o PIB. A mentalidade moderna fala que o preço do ativo financeiro sempre reflete os fundamentos da economia. Obviamente não é isso.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Livro "Globalização, dependência e neoliberalismo na América Latina"

CONVITE:


 LANÇAMENTO DO LIVRO


 "GLOBALIZAÇÃO, DEPENDÊNCIA E NEOLIBERALISMO NA AMERICA LATINA", 


DO PROFESSOR CARLOS EDUARDO MARTINS


 23 NOVEMBRO 18:30 


SALÃO NOBRE DO IFCS-UFRJ 


Centro, Cidade do Rio de Janeiro

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

"Mais sacrifícios" e queda de governos na Europa. A máscara democrática desaparece

A queda de mais um governo europeu com a inevitável renúncia de Berlusconi conta muito mais do que uma mera vitória da oposição. Até porque, em muitos casos,  a oposição exige medidas fiscais ainda mais duras, à despeito da opinião contrária dos próprios eleitores. A democracia parlamentar européia se transformou em mero condomínio partidário de gerentes pró-financistas, desaparecendo com isso a velha máscara de "democracia européia"

Berlusconi na Itália é mais um de uma longa cadeia, que incluí Portugal, Espanha, Grécia, e não sinaliza um vitória da esquerda, no seu caso - ou da direita como caso de José Sócrates em Portugal. E isso não acontece apenas nos PIGSs (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha) e na Itália, a própria Inglaterra foi outro grande exemplo, com a queda de Brown, do centro-esquerdista Labour Party, e a ascensão de Cameron, do centro-direitista Partido Conservador.

Por sua vez, a dupla Alemanha e França (sede dos grandes bancos) gritaram contra a proposta de convocação de um plebiscito e agora a Comissão Europeia deu um ultimato aos parlamentares gregos, exigindo compromisso com o pacote de julho, sem o que a Grécia não verá a cor da nova parcela do empréstimo. Além disso, a União Europeia praticamente  impôs um interventor como premiê, Lucas Papademos, ex-vice presidente do BCE. No caso da Itália, "sugerem" que o país desista de fazer eleições tão cedo ou antes de se comprometer com o pacote de "reformas" prometido por Berlusconi (privatizações, liberalização do mercado de trabalho, reforma previdenciária etc). Além disso, tenta empurrar outro eurotecnocrata para o posto de premiê, o ultraliberal Mario Monti, comissário europeu em duas pastas econômicas entre 1995-2004.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Em Nota CSP-Conlutas apoia a luta dos estudantes da USP contra militarização da Universidade

Nota

CSP-Conlutas apoia a luta dos estudantes da USP contra militarização da Universidade

10/11/2011


A CSP-Conlutas esclarece que apoia a luta dos milhares de estudantes que se levantam contra a repressão inaceitável, imposta no campus da USP pelo reitor João Rodas através da militarização da Universidade. Essa ação é parte da tentativa de destruição da organização sindical e estudantil, se utilizando de processos administrativos, judiciais e inquéritos contra do movimento estudantil e dirigentes e militantes do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).

A detenção recentemente dos três estudantes, acusados de portar e usar maconha, no prédio da História e Geografia, foi o que desencadeou a reação de centenas de estudantes e de alguns funcionários que presenciavam o evento.  Aquela situação fez com que se manifestassem diante de uma ação totalmente arbitrária e que se repetia desde a do convênio entre a USP e a PM.

Perseguições, abordagens truculentas, blitzes, extorsão de dinheiro, ameaças e discriminação racial e homofóbica. As práticas imputadas só eram vistas na Universidade na época da Ditadura Militar.

Apoiar essa luta não significa tomar uma posição com relação à maconha como a reitoria, a polícia e a mídia tentam afirmar. Pelo contrário é trazer um debate à sociedade de que não podemos aceitar a militarização das universidades para reprimir e criminalizar as lutas dos trabalhadores e estudantes. Querem dar um caráter de caso de polícia e de drogas. Mas trata-se de militarização, repressão e ataque à democracia.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Nova recessão na UE e a vez da Itália - haverá impactos no Brasil

A própria UE reconhece que passará por uma nova recessão em 2012, talvez mais severa que teve em 2008-9. Por sua vez, a Itália parece ser a "bola da vez" da crise de confiança envolvendo as dívidas públicas. O país já paga uma maior taxa de juros.

Obviamente que tal piora da situação econômica internacional terá reflexos no Brasil, não apenas pela crise bancária européia, mas pelo desaceleração da economia chinesa, grande exportadora para aqueles países.

UE reduz previsão de crescimento e alerta para risco de nova recessão
Monitor Mercantil, 10/11/2011

 UE reduz previsão de crescimento e alerta para risco de nova recessão A União Européia reduziu suas previsões de crescimento para os países da zona do euro, no próximo ano, de 1,8% para 0,5%. O vice-presidente para Assuntos Econômicos e Monetários da Comissão Européia, Olli Rehn, alertou hoje que "a economia parou de crescer na região" e que existe agora o risco de uma nova recessão na zona do euro - formada por 17 países.

Crise do pensamento único chega as universidades dos EUA

Pensamento único
Marcos Oliveira e Sergio Souto

Alunos do curso de Introdução à Economia (Economics 10) em Harvard abandonaram a sala de aula, quarta-feira da semana passada, em protesto contra o enfoque do curso ministrado pelo nobelizável Gregory Mankiw, acusado de passar uma visão unilateral do mundo. Os 700 alunos da cadeira - praticamente obrigatória para vários cursos - divulgaram nota em que afirmar que essa visão da economia "perpetua o problemático e ineficiente sistema econômico desigual que impera em nossa sociedade".

Lição
 Os estudantes de Harvard não reclamam da ausência de Marx, ou Schumpeter que seja, mas afirmam que o professor se prende à teoria econômica de Adam Smith, relegando até a teoria keynesiana. Os estudantes - que deixaram Mankiw falando sozinho e foram engrossar uma marcha em Boston dentro do movimento Ocupe - mostram um discernimento que parecia distante de Harvard, ao alegar que os formandos na instituição vão desempenhar papéis estratégicos nas principais instituições e nas definições de políticas públicas ao redor do mundo e que, se a Universidade fracassa em dar-lhes uma visão abrangente e crítica da economia, suas ações vão prejudicar o sistema econômico global. "Os últimos cinco anos de crise econômica provaram isto de forma efetiva", conclui a nota, à qual esta coluna teve acesso.

domingo, 13 de novembro de 2011

Breton: este, sim, foi “surreal”

Diogo Rivera, Léon Trostky e André Breton

WILSON H. SILVA da redação do Opinião Socialista

• Hoje em dia, não é raro que, em uma conversa, alguém se utilize do termo “surreal” para se referir a algo completamente absurdo, despropositado ou completamente sem sentido. Contudo e lamentavelmente, o verdadeiro absurdo é a associação destes significados tanto ao movimento quanto às intenções, estéticas e políticas, que estiveram origem do Surrealismo, em meados dos anos 1920.

E, para se corrigir este “erro”, nada melhor do que conhecermos um pouco melhor a vida de um dos seus principais articuladores, o francês André Breton, que faleceu a 45 anos, no dia 28 de setembro de 1966.

O desejo de recriar o ser humano
Em uma biografia sobre o artista (“Breton: a transparência do sonho”), o jornalista e historiador José Geraldo Couto sintetizou de forma bastante precisa o que poderíamos chamar de “projeto” Surrealista.

sábado, 12 de novembro de 2011

Dinâmica e desenvolvimento no "teorema de Preobrazhenski"

por Almir Cezar Filho

Evguêni Preobrazhenski
A contribuição teórica de Evguêni Preobrazhenski à Economia e ao Marxismo de maneira geral não se limita a sua grande participação na luta política soviética de seu tempo e sua central contribuição no debate teórico da transição econômica ao socialismo. Sua análise sobre os dilemas dos países subdesenvolvidos em industrialização, e como passam a funcionar essas economias nacionais, mesmo quando se mantém nos marcos do Capitalismo, em destaque as implicações da industrialização na inflação, ficou conhecida cientificamente como "teorema de Preobrazhenski" .

Essa teoria não se limita aos dilemas micro-macroeconômicos de uma economia em desenvolvimento - se abordado de maneira mais ampla também permite responder outros grandes problemas teóricos. O "teorema de Preobrazhenski", visto de maneira ainda mais lato sensu, permitiria inclusive analisar a relação entre taxa de exploração, taxa de crescimento e nível de desenvolvimento e o papel dos determinantes extra-econômicos, da estrutura de acumulação na trajetória de desenvolvimento e da "lei do valor" (as questões da "direção" e "regulação econômica").

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Os perdulários gregos?

Mão trocada

Marcos oliveira e Sérgio Souto - Fatos&Comentários - Monitor Mercantil, 04/11/2011

A imagem pintada sobre a dívida grega, que teria aumentado porque os perdulários gregos viveram na mordomia e não se preocuparam com ganhos econômicos, pois contavam com dinheiro fácil da União Européia, não resiste a um mínimo esforço de se olhar números do país. 

O déficit comercial passou de 4% do PIB, entre 1975 e 1980, para 11%, na década 2000/2010, com o acesso do país à Zona Euro. A balança agrícola saiu de um excedente de 9 mil milhões de dracmas, em 1980, para um déficit de 3 bilhões de euros, em 2010, transformando o país num importador de produtos alimentares.

A deterioração do déficit comercial foi acompanhada pela balança de transações correntes: um superávit de 1,5%, entre 1975 e 1980, transformou-se num déficit 0,9%, em 1980/1990, até alcançar 3% do PIB, em 1990/2000. Após o acesso do país à Zona do Euro, o déficit da balança de transações correntes explodiu para 13% do PIB.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Os 40 anos da Teoria da Dependência é tema de seminário na UFVJM


A Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri entre 16 e 18 de novembro realizará sua 2a semana do pensamento econômico, cujo o tema são os 40 anos da Teoria da Dependência.

O destaque são os dois palestrantes convidados, justamente  dois dos pais da teoria marxista da Dependência, a homenageada Vânia Bambirra, e Theotonio dos Santos, que ministrará duas palestras, na sexta-feira às14h30, sobre "Socialismo ou fascismo: os dilemas da dependência latino-americana" e às 19h30, sobre "A polêmica sobre a dependência continua: considerações sobre a atual conjuntura latino-americana".

Maiores informações em http://speufvj.blogspot.com e pelo e-mail spe.ufvjm@gmail.com.


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Enquanto Selic cai, bancos elevam lucros e pressionam juros

É a ganância! Enquanto a Selic cai, bancos elevam lucros e pressionam juros impostos aos clientes
Monitor Mercantil, 03/11/2011

Apesar da redução dos custos administrativos e do número de pagamentos em atrasos, a margem de lucro dos bancos continua a ter o maior peso entre os itens que compõem o spread bancário (diferença entre o custo de captação de recursos e a taxa cobrada dos clientes nos empréstimos).

Ou seja, a principal causa de o Brasil amargar os mais elevados juros do mundo não é a inadimplência nem os impostos, mas os exagerados lucros dos bancos, sem paralelo em nenhum outro país.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Europa: Ipea vê crescimento "medíocre" nos próximos anos

Ipea vê crescimento "medíocre" nos próximos anos
Monitor Mercanti, 03/11/2011

A Europa vive uma situação delicada em meio à crise econômica mundial, e a expectativa é de "crescimento medíocre" nos próximos anos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). O órgão analisa o cenário econômico global com enfoque do papel dos Estados Unidos, da Europa e da China no contexto da crise, em documento divulgado nesta quinta-feira.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Brasil melhora IDH, mas ritmo de evolução diminui

Brasil melhora índice de desenvolvimento humano, mas ritmo de evolução diminui

País subiu uma posição e ocupa o 84º lugar no IDH divulgado nesta quarta-feira,2, pela ONU

domingo, 6 de novembro de 2011

Plebiscito pelos 10% do PIB para a Educação Pública


Começou o plebiscito da Campanha pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já!

http://cspconlutas.org.br/ 26/10/2011

O Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB já para a Educação já começou. A votação acotece no período de 6 de novembro a 6 de dezembro.

 A pergunta do Plebiscito será: Você é a favor do investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para Educação Pública Já? Com as possibilidades de resposta Sim ou Não. Também foi definido que os Estados terão autonomia para colocar uma pergunta específica sobre a realidade de cada local. Para a votação, é necessário garantir as cédulas, as listas de votantes, as atas de apuração, uma urna (que pode ser adquirida com algum sindicato que as tenha, ou pode ser improvisada, como é característico dos plebiscitos organizados pelos movimentos sociais) e muita disposição de debater, conversar e apresentar para a população brasileira esta luta justa e fundamental para toda a juventude e a classe trabalhadora do nosso país.

Os materiais da Campanha já estão disponíveis para reprodução.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Europa já tem 16 milhões sem emprego

Com região submetida ao FMI, OIT alerta para nova recessão e explosões sociais, Europa já tem 16 milhões sem emprego.

 Europa já tem 16 milhões sem emprego
Monitor Mercantil, 31/10/2011

A três dias da Cúpula do G20, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) advertiu que a economia mundial está prestes a viver um período de "recessão de novos empregos", atrasando a recuperação econômica global e com riscos de gerar conflitos sociais.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Pelo menos 2/3 do mundo não dispõe de benefícios trabalhistas

Pelo menos 2/3 do mundo não dispõe de benefícios trabalhistas. Análise faz parte de estudo feito pela ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, responsável pela ONU-Mulher. Uma pena que quando presidenta do Chile nada fez para diminuir isso em seu país.

Pelo menos 2/3 do mundo não dispõe de benefícios trabalhistas
Monitor Mercantil, 28/10/2011

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que dois terços da população mundial, ou seja 5,1 bilhões de pessoas, não dispõem de benefícios sociais trabalhistas. Apenas 15% dos desempregados no mundo recebem seguro-desemprego. A análise faz parte de um estudo feito pela responsável pela ONU-Mulher, Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Primeiro ano de Dilma foi perdido para a Reforma Agrária


2011, ano perdido para a Reforma Agrária


Da Página do MST

A presidenta Dilma Rousseff corre o risco de encerrar seu primeiro ano de governo sem ter realizado nenhuma nova desapropriação de terra.

A presidenta recebeu cerca de 90 processos de desapropriações, cujos trâmites técnicos já tinham sido completamente realizados no governo anterior, e bastava apenas a sua assinatura. Todavia, as desapropriações dessas áreas ainda não saíram.

Essa demora adia a criação de novos assentamentos para resolver o problema das famílias acampadas e joga por água a baixo o trabalho do Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (Incra), que tornou essas áreas passíveis de serem desapropriadas em um processo que leva de um ano e meio a dois anos.

“Temos mais um ano perdido para a Reforma Agrária. A lentidão para o assentamento das famílias acampadas e para a execução de políticas para fortalecer os assentamentos é uma vergonha para um governo que tem como meta acabar com a pobreza no Brasil. Sem Reforma Agrária, superar a pobreza não passa de propaganda”, avalia Marina dos Santos, da Coordenação Nacional do MST.